segunda-feira, 10 de outubro de 2011

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Observo na noite negra a viagem que não planeei pela folha de papel branco pousada sobre a mesa. Ao longe o som do mar que embate com força nas rochas. Nos meus ouvidos o som do fundo de mar que embate com igual força nas minhas ideias. O nevoeiro infestado de solidões alheias sussurra nos meus ouvidos palavras que devo escrever e não esquecer. A mulher em forma de miragem ordena que não a ame. O coração tem formas e força de uma caixa negra de avião - não me deixa esquecer-te, não me deixa apagar-te.

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