terça-feira, 4 de outubro de 2011

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Queimam as palavras que seguras gentilmente entre os dedos. Ardem enquanto te preparas para me atingir com elas. Tento prender-te pelos cabelos às nuvens passageiras do nosso amor. Canto poemas que ainda não escrevi e que talvez não chegue a ter sangue suficiente para os escrever. Sou em ti como uma ilha perdida no oceano. És casa perdida na paisagem. Espreito-te em procura de uma luz, calor, um abraço que me tire da noite escura e fria.

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