segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

360

Não há pior situação do que acordar, de repente múltiplos sonhos que se esvaem em nuvens de fumo, tudo se perde, tal qual se deixássemos um papel escrito à chuva, as palavras a perderem-se e o papel a derreter e o máximo que podemos fazer é esperar que ele seque e tenha conservado algo, uma réstia de esperança por cada gota de tinta. 

Sinto-me tão sozinho e sinto um frio estranho que me percorre todo o corpo, uma sensação de vazio, uma sonolência que invade. Todos os dias acordo, todos os dias morro mais um pouco, gostava de não ter que voltar a sentir, dormir e sonhar para todo o sempre. Infinitamente adormecido.

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