sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

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Sinto-me, renascida. Nunca tive muito jeito com palavras, sempre fui menina de imagens. E neste momento gostava tanto de te conseguir mostrar o que se passou em mim. Saí do mundo de Hades onde bebia do rio Aqueronte, levada pela mão, não por Bel mas por ti.

Encontrava-me encarcerada no mundo das sombras, reconfortada no calor da minha dor e da minha raiva. Que situação estúpida e idiota. Como deixei eu que a tua luz se ensombrasse?

Tu és a minha força. Foste tu que revivas-te os meus sonhos, és tu que me dás a segurança e a certeza de seguir em frente em todas as minhas lutas. Posso-te gritar mil vezes que me aguento sem ti, mas conseguirei eu aguentar?

Olhando para trás recordo os meus sonhos de criança e a força, que ontem, com o tempo e com a consciencialização do mundo se foi degradando e caindo aos pedaços.

Onde existiu um “castelo” de convicções, resistiam apenas fragmentos de um quadro de miúda de um mundo colorido. Foi ao encontra-te que de novo vi coelhos brancos e reencontrei o país das maravilhas.

E de novo esse mundo me escapava. Existem tantos fantasmas no meu castelo que deixei que eles me tomassem. Acredito em ti, acredito no nosso amor.

Porque cada vez que se me vens a memória o meu coração aquece e um vórtice de cores intensifica a minha visão. Aprendi tanto contigo nestes últimos tempo, deste-me tanta força e fizeste me acreditar que é possível, que não há causas perdidas (só quando desistimos delas).

Tudo isto a somar ao novo mundo que a tua existência me trás e ao teu doce abraço ilumina o que sou, o que sinto, e as distancias entre mim deixam de ser abismos. E tudo se reúne numa perfeita equação de amor psiquê. Estou ansiosa que chegues para te abraçar e te mostrar que já sei abraçar!

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