sábado, 3 de dezembro de 2011

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A sala de paredes brancas está repleta de estantes com livros. Lombadas diferentes de muitas cores e tamanhos, línguas diversas em tantas páginas. Livros que já foram abertos tantas vezes e por tantas pessoas e livros ainda virgens com páginas que nunca viram pessoas e que nunca sentiram o suor dos dedos de alguém. As paredes prolongam-se nas histórias que os livros contêm, alongam-se em tempos que já deixaram de existir. Naquele quarto acabam por fugir pela enorme janela que serve de sol às palavras e às ideias que por ali pairam livremente. Nem todos os dias o quarto é habitado por corpos humanos mas todos os dias há vida seja pelos raios de sol que penetram cada canto deixando inspiração entranhada que mais tarde cantará ao ouvido de um qualquer criador. Aliás não será um qualquer mas o criador, não o do C mas um singular criador.

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