A sala de paredes
brancas está repleta de estantes com livros. Lombadas diferentes de muitas
cores e tamanhos, línguas diversas em tantas páginas. Livros que já foram
abertos tantas vezes e por tantas pessoas e livros ainda virgens com páginas
que nunca viram pessoas e que nunca sentiram o suor dos dedos de alguém. As
paredes prolongam-se nas histórias que os livros contêm, alongam-se em tempos
que já deixaram de existir. Naquele quarto acabam por fugir pela enorme janela
que serve de sol às palavras e às ideias que por ali pairam livremente. Nem
todos os dias o quarto é habitado por corpos humanos mas todos os dias há vida
seja pelos raios de sol que penetram cada canto deixando inspiração entranhada
que mais tarde cantará ao ouvido de um qualquer criador. Aliás não será um
qualquer mas o criador, não o do C mas um singular criador.
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