segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
346
Com a
certeza de uma noite já mal passada, são cinco e tal da manhã e ainda não
consegui adormecer. Às voltas na cama, com um calor insuportável e perdido no
meio de lençóis já bastante maltratados pelas voltas e revoltas desta noite que
não me parece que vá trazer alguma coisa de bom. Acabo por não resistir e
desarmo, levanto-me e digo o último adeus ao leito do descanso que acabo de
perceber que nunca iria chegar na noite de hoje. Rendido dirijo-me para a
cozinha, a bater aqui e ali nos móveis e em objectos que neste momento soou
incapaz de reconhecer. Abro o frigorífico à procura de água que me alivie deste
calor mas o impacto da luz e da brisa fresca que dele saem quase me deitam ao
chão. Recuperado daquele choque deixo que a água me escorra pela garganta por
dentro e por fora. Sinto um novo alento mas não há forma de aliviar aquele
calor. Começo a conformar-me com o facto de ter que passar a noite em branco e
procuro algo para me ocupar.
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Hoje, nao poderia ser mais verdade
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