terça-feira, 30 de agosto de 2011

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E é de todas essas parede que eu fujo, dessas altas muralhas cinzentas que envolvem esta nossa cidade. Recuo nos teus passos como em outros tempos segui o fio de Ariadne. Procuro encontrar uma saída desta doença imaginária que me atormenta o ego, a mente e a alma. Mas não há saída nesta cidade para além da eterna luz. Paro para deixar o fumo de nepente me envolver na hedionda esperança de afastar de mim, e da cidade, a negra sombra da tua ausência. Quero apagar o fétido horror das silabas escritas no labirinto do que sou, e do que sinto. No fim, a ausência do teu nome é uma dor morfina, quando comparada à verdade de te ter.

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