sexta-feira, 5 de agosto de 2011

217


Quando os relâmpagos da tempestade cessarem o sol atravessará o que resta de um homem agora invisível. Página a página, letra a letra na esperança que durante a noite os sonhos tenham entregue aromas de uma existência a alguém capaz de o receber. Não é do amor que me despeço. O vento sussurra às árvores a intenção de contar toda a verdade à cidade. Há páginas que são um erro e se devem rasgar, há outras que se rasgam sozinhas, mesmo quando não queremos.

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