domingo, 21 de agosto de 2011

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Todas as noites sentado em frente de um espelho vejo um rosto que desaparece aos poucos. Fraccionado como se fosse um puzzle admito que a realidade me afasta do meu eu mas não sei como montar o enigma de novo. Sentado em frente ao espelho criam-se memórias de uma certeza brutal demais para o que se passa na realidade. A loucura está a um passo mas exactamente à mesma distância da sanidade total. Gostava de reflectir tanto como o espelho para que te visses quando me olhas e percebesses o teu sitio especial.

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