quarta-feira, 28 de setembro de 2011

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Com os olhos fechados consegui sentir no vento a doçura dos teus lábios, lembro-me do vermelho que ainda hoje me faz arder o coração. Numa manhã como outra qualquer o teu corpo tinha-se transformado em gotas de chuva a escorrerem na janela. O teu cheiro espalhado em flores diversas por um pássaro matutino que canta as tuas palavras. Sei que quando o sonho parar só a tua ausência me ocupará as horas longas destes dias cinzentos. Vejo-te melhor quando olho para dentro mas tenho medo porque encontro saudade e incerteza. Sei que o tempo não pára e o coração não pára de bater, sei que o vento não vai parar de te trazer sempre que me bater nas lágrimas.

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