sexta-feira, 2 de setembro de 2011

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É como perder o caminho todos os dias. Entro naquela estrada preparado para chegar ao fim. Deixar a casa do conforto para trás. Esquecer o calor do abraço e os aromas de uma pele acabada de lavrar com caricias. Passado o portão tudo parece fácil, nem sequer a vontade de olhar para trás... mas a estrada não tem fim, ando e ando, corro. Acelero e desacelero e nada, só nada. Cansado, olho para trás pela primeira vez. Já é noite. A luz acesa na janela ainda é visível, está sempre lá por muito que me tente afastar. No fim volto para a partida, volto sempre. São saudades e impossíveis que não sei como largar. É como estar perdido, todos os dias.

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