sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

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De coração aberto coso com finas agulhas, presas a carinhos-de-linhas, as fracturas deixadas por essa doença degenerativa. Coso, por não aguentar mais o barulho do sopro provocado pelo suspiro, e esse frémito palpável torna-se agora mais ensurdecedor no silêncio da tua presença. E é no silêncio da tua presença,no teu cheiro que não existe, na tua agnosia de mim, que solto um grito disfónico e incapaz de articular a primeira e a segunda pessoa num plural.

1 comentário:

  1. Linhas, agulhas, coser...
    Fiquei cansado so de ler. Parte pra outra da menos trabalho.

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