quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

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Conheço uma rapariga. Ela não é bem uma rapariga, porque os seus olhos não são botões, nem os seus lábios um fino traço de linha corrida. Mas ela também não é uma boneca, porque os seus cabelos não são cor-de-lã e o coração não são retalhos de velhas mantas que um dia usou para se aquecer. Talvez eu não conheça essa rapariga, mas conheço a casa com que casariam os botões dos seus olhos se ela os tivesse.

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