Aqui estou eu sentada
a espera de ver passar
a ébria loucura, que
o inconsciente por si já
trás à vida.
E estou sentada, esperando
sozinha, suportanto a culpa
que não é só minha
de odiar tudo o que não posso mexer
Nesta cidade, escura e humida
onde por vezes o sol bate
sem querer
vejo passar o tempo
correndo, lentamente
como se fosse a ultima vez
Continuamente observo
o tempo, as flores
flores de espinhos e dores
de magoas e louvores
Procurando o tempo que não tenho
fugindo da jarra
sobre a qual jaz a minha alma
Continuamente sentada à espera de ver
a ébria loucura
que o homem por si já
trás à terra.
Fala-me o tempo de diz-me
o tempo
que as minhas flores
estão a chegar
Falou-me o tempo
mas não deixou de correr.
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